Cerca
de 13 mil crianças e adolescentes no Brasil são diagnosticados todos os anos com
algum tipo de câncer, uma doença que
assusta e gera inúmeras dúvidas na cabeça de um paciente, independente da
idade.
Para
ajudar os pequenos e suas famílias a lidarem com esse tema nada fácil foi
criado o AlphaBeatCancer, um aplicativo com 20 minigames que além de divertir,
explicam a doença abordando termos e procedimentos oncológicos de maneira clara
e otimista.
O aplicativo foi desenvolvido pelo Instituto Beaba e a produtora de games Mukutu, com o apoio da Sobope (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica).
O app traz o caminho do tratamento, com quimioterapia e radioterapia. Apresenta ainda ultrassom, tomografia, cuidados com alimentação e rotina de higiene.
A criança participa de todo o processo. Cabe a ela, por exemplo, segurar o ursinho para que ele não se mexa durante a tomografia. Em outro, tem que pegar apenas as comidas saudáveis que caem do céu.
“Tudo que nos aproxima do paciente e de sua linguagem é uma arma importantíssima para o nosso trabalho”. diz Dra. Viviane Sonaglio, oncologista pediátrica e diretora técnica do Instituto Beaba, que ajudou no desenvolvimento do aplicativo. “O game veio para que o paciente sinta-se parte de seu tratamento, entendendo o que está sendo feito com ele”, completa a médica.
Para
a criação e a validação do app, participaram programadores, pacientes e profissionais da saúde, como médicos,
enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, pedagogos, entre
outros, todos voluntários.
O
projeto do aplicativo foi selecionado em 2015 no edital INOVApps do Ministério das Comunicações e
apresentado no Games for Change, maior evento de jogos impactos do mundo,
que aconteceu em junho de 2016 em Nova York.
O
próximo passo do projeto é traduzi-lo para inglês, para desmistificar a doença
e seu tratamento para mais pacientes mundo
afora.
“Iniciativas
como este game são de fundamental importância no repasse através de uma linguagem
mais adequada para o público
infanto-juvenil de informações necessárias para o sucesso do tratamento
oncológico”, diz Dra. Teresa Fonseca, oncologista pediátrica e presidente da
Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica.
Mais
recentemente o Beaba lançou uma nova campanha no Instagram estimulando
o uso da hashtag #poefiltro (fazendo referência ao #nofilter), para
que as pessoas saibam mais sobre a prevenção
do câncer de pele.
Simone
adianta que deve ser lançada uma segunda versão. Quem quiser contribuir com o Instituto Beaba pode trazer doações pelo site.